2 de fevereiro de 2011

EDWARD BACH


EDWARD BACH: UM MÉDICO A FRENTE DE SEU TEMPO
Por : Telma Kosa Duarte
Edward Bach
Atualmente, não há como negar, o alto grau de desenvolvimento científico e tecnológico que a humanidade vem alcançando dia após dia. A área médica, por exemplo, vem vencendo grandes desafios e aumentando sua eficiência na medida em que se utiliza da tecnologia moderna para diagnosticar e tratar enfermidades que, até décadas atrás, eram consideradas incuráveis. As estatísticas mostram que as pessoas estão vivendo mais, não só devido a facilidade de acesso a centros médicos especializados, como também ao surgimento de novas drogas e de recursos terapêuticos modernos como o raios-X, o ultra-som, o raio laser... sem falar nas recentes pesquisas com células-tronco.
 Em contrapartida, apesar de estarmos na era da informática e dos Iphones e de podermos desfrutar de todo o conforto e comodidade que ela nos proporciona, nunca o ser humano esteve tão suscetível a desequilíbrios e descontroles emocionais e teve tanta dificuldade em administrar seus conflitos internos, a ponto de apresentar distúrbios de ordem psicológica como estresse, depressão, fobias, pânico, que estão cada vez mais frequentes em nossa sociedade atingindo as mais variadas faixas etárias e, muitas vezes, chegando a causar doenças físicas – as chamadas somatizações.
 O ritmo alucinado das cidades grandes, a competitividade no mercado de trabalho, a obrigatoriedade do sucesso em todas as áreas da vida e a imposição do consumo desenfreado e da aquisição de bens como forma de alcançar o “status” desejado, cultivaram na humanidade a frustração, a insatisfação e a infelicidade. Ou seja, apesar de todas as conquistas e triunfos da Medicina ela não conseguiu diminuir o sofrimento humano e nem suprimir as doenças.
  Dr Edward Bach, médico renomado que nasceu na Inglaterra em 1886, acreditava que as doenças se desenvolviam a partir de desequilíbrios emocionais, e que elas nada mais eram do que produto de conflitos mentais por muito tempo reprimidos. Atuando como bacteriologista e imunologista em Londres, começou a observar que o mesmo tratamento utilizado para pessoas com a mesma enfermidade não funcionava para todos. Desanimou-se então com as limitações, os efeitos colaterais e a agressividade da Medicina que praticava. Amante da natureza acreditava que ela poderia fornecer meios mais eficazes e inofensivos para promover a cura de seus pacientes.
 Em 1917, após grave hemorragia, foi operado de um câncer no estômago e desenganado por seus colegas que lhe deram apenas três meses de vida. Começou a trabalhar e a dedicar-se incansavelmente a suas pesquisas e recuperou-se completamente. Concluiu então que ter um propósito definido na vida e dedicar-se apaixonadamente a ele é um fator decisivo para se atingir a felicidade e, consequentemente, conquistar a cura.

 Continuando suas pesquisas, desenvolveu vacinas a partir de bactérias intestinais para tratar doenças crônicas e teve excelentes resultados que foram otimizados quando conheceu a obra de Hahneman. Passou então a produzir essas vacinas de acordo com as técnicas homeopáticas. Foi quando observou que cada pessoa portadora de um dos sete tipos de bactérias que faziam parte de seu estudo, tinha uma personalidade semelhante e um comportamento específico. Passou então a diagnosticar e a tratar as pessoas através de suas características comportamentais sem levar em conta os sintomas físicos.
Convencido de que a enfermidade era uma consolidação de estados emocionais negativos e conflituosos e que para saná-la era necessário recuperar e promover a harmonia da alma, através do autoconhecimento, ou seja, tratar o doente e não a doença, abandou seu trabalho e seu consultório, mudando-se para Gales, onde foi viver no campo  a fim de estudar as plantas detalhadamente para identificar o poder  de cura das flores.
 Ele acreditava que as flores, assim como os seres humanos, tinham “personalidade”, pois observando suas características: cor, forma, estrutura, local e ambiente onde cresciam, encontrou semelhanças com os estados emocionais das pessoas e os temperamentos humanos.  De fato, Dr. Bach tinha uma sensibilidade tão acentuada que quando caminhava entre as flores e se aproximava de uma delas, ou a levava aos lábios para sorver o orvalho que ali se depositara durante a noite, podia sentir as emoções que ela lhe transmitia e identificar qual desequilíbrio ela seria capaz de harmonizar.
 Foi assim que passou a produzir suas “essências florais”, mergulhando as flores em um recipiente com água por um determinado período de tempo no mesmo local em que eram colhidas para que, sob a luz do sol, elas pudessem liberar todo seu potencial curador.  Durante seis anos Dr Bach percorreu os campos e identificou 38 “remédios florais” que atuam nas desarmonias profundas da personalidade corrigindo seus desequilíbrios e proporcionando o bem estar, a paz e a harmonia. Após concluir essa magnífica obra ele faleceu enquanto dormia dando por encerrada a sua missão neste mundo.

 A obra do Dr Edward Bach rompeu fronteiras e se difundiu pelo mundo. Desde 1976 a Terapia Floral é reconhecida pelaOrganização Mundial de Saúde como uma das Medicinas Alternativas. Outros estudiosos surgiram e inspirados no seu trabalho pesquisaram e desenvolveram outros sistemas florais, que atualmente estão a nossa disposição para tratar e reverter de forma eficaz todas as emoções perturbadoras que se manifestam em nós no nosso dia-a-dia, de maneira mais rápida que uma terapia verbal. A Terapia Floral é uma ferramenta útil para melhorar nossa qualidade de vida e, consequentemente, nossa saúde.


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